Para quem ainda não sabe, a Circuncisão é uma operação cirúrgica que consiste na retirada do prepúcio, pele que cobre a glande do pênis (parte sensível do órgão sexual masculino, situada na parte superior do pênis). Normalmente, esse procedimento é feito em meninos que têm algum problema, como a fimose, impossibilidade de se retrair o prepúcio e deixar a glande descoberta, gerando algumas dificuldades para a pessoa que tem esse problema. Nesse caso, realiza-se o procedimento por motivos médicos.
Só que a Circuncisão, em alguns países, também é feita por motivos religiosos. Como é o caso dos Judeus, que praticam a Circuncisão como forma de comunhão com Deus. A retirada do prepúcio, para eles, seria o sinal de ligação com a fé deles. O Brit Milá (pacto da circuncisão, em hebraico) é o ritual por meio do qual essa tradição religiosa vem sendo perpetuada. A cerimônia da Circuncisão acontece no oitavo dia de nascimento da criança (evidentemente, feita sem nenhum consentimento do afetado), e é realizada por um mohel (autoridade religiosa responsável). Assim como o batismo para os católicos, o Brit Milá para os judeus simboliza a fé deles e a Comunhão com Deus.
Há ainda uma crença dos judeus de que o nome do bebê só deverá ser anunciado quando este for circuncidado, quando já estaria em aliança com Deus. Uma verdadeira cerimônia de revelação para eles, por meio da qual a palavra de Deus entraria em seus corações. É nisso que eles acreditam.
Particularmente, acho isso uma crueldade, já que o procedimento é feito sem nenhum consentimento da criança. Uma verdadeira mutilação, quase tão grave quanto a mutilação genital feminina (retirada do clitóris), que atenta aos direitos humanos violando princípios fundamentais, tais como a liberdade de escolha. E que, além disso, pode causar transtornos para a criança do futuro. Por isso, acredito que só deveria ser feita por motivos médicos. E você, o que acha sobre isso?