quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Insônia

Quem dera nunca tivesse despertado
Pois que estava norteado
E deveria ter assim ficado
Para o seu próprio bem

Como um infortunado pelo mal da insônia
Que se sente afagado
Nem que por uns instantes
Com suas pílulas de diazepam

Ou o outro já em êxtase
Por efeitos que lhe privam os sentidos
Que lhe tiram por um momento
De sua paupérrima condição

Mas quis sentir sem sair da realidade
Sem fingir o que não sentiu
Pois viu todos vazios
Sem sentimento algum

Como espelhos sem reflexo
Talvez apenas corpos inertes
Esperando choques térmicos
Que lhe façam ao normal voltar

A agonia em chegar o fim do dia
O fim do mês, mas que não finda mal algum
O desprazer em conhecer
Pois o que mais importava já não importa mais

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